segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

42º Dia de viajem 01/02/08

Maringá -> Corupá -> Joinville

O Heino queria sair cedo, mas tive que acordá-lo, pois já era quase 9:00h e o bicho não despertava. Depois de um café da manhã completo, nos despedimos e saímos para nossa última etapa. Ainda em Maringá, enquanto abastecia a moto, recebo um recado do Otto, avisando que a rodovia entre Curitiba e Joinville está interditada, devido as fortes chuvas que provocaram deslizamentos. Seguimos até Ponta Grossa e desviamos para São Mateus do Sul, onde aproveitamos para visitar a Ingrid e o Michel, só que eles estavam em Curitiba, mesmo assim ganhamos um café da tarde, feito pela Célia, que estava em casa.
Em Rio Negrinho encontramos com o Josi, na entrada da cidade, trocamos algumas palavras rapidamente e seguimos para Corupá, onde os pais do Heino não agüentavam mais esperar. Mas primeiro ele foi encontrar a amada Tânia, e Rigon foi visitar o Márcio, que se recuperava de um grave acidente.
Chegamos juntos em casa, o Roland e a Sieglene esperavam na sacada, ansiosos em abraçar o filho caçula. Com certeza eles ainda vão escutar muitas histórias hoje. A primeira foi a confirmação de que ele passou mais de 3:00h no hospital, em Huanaco, no Peru, para se recuperar de uma desidratação. Até que ele tentou esconder o fato dos pais, mas o boato já corria em Corupá.
Em Joinville, a Marisa e amigos já esperavam na lanchonete do Luxe, consegui chegar às 9:30h. A recepção não podia ser melhor, beijos e abraços e todo mundo fazendo perguntas ao mesmo tempo.
É sempre bom voltar para casa!

Wilson e Valdeci

Às 9:00h da manhã chegamos em Belém no porto, onde imediatamente começaram a descarregar as motos, devido o problema da maré que varia muito em altura, dificultando a retirada das motos, mas deu tudo certo. Com o auxilio de um motociclista que também estava no barco, saímos de Belém em direção ao sul do Brasil, após Castanhal entramos na famosa BR-153 e chegamos às 20:00h em Imperatriz no Maranhão
Dia 02/02/08 - Pelas 9:00h saímos de Imperatriz no Maranhão e na BR-153 em bom asfalto rumo ao sul fomos até Gurupi, no Tocantins abaixo de chuva, e diz o povo local que é o melhor carnaval do estado. Por isso, dormimos num hotel as margens da rodovia, porque a cidade estava em polvorosa devido o carnaval.
Dia 03/02/08 - 9:00h pegamos as motos e rumando ao sul do país, entramos no estado de Goiás, onde na região norte do estado o asfalto está péssimo. E no final do dia sob forte chuva chegamos em Anápolis para o devido descanso.
Dia 04/02/08 - 10:00h em debaixo de chuvas até de pedra na BR-153, saímos do estado do Goiás e entramos no estado de Minas Gerais ou Triângulo Mineiro. Depois veio o estado de São Paulo, onde apareceu primeiro o Rio Tietê e para minha surpresa com águas límpidas, onde tambem está localizada a Hidroelétrica de Marimbondo. A corrente da minha Lander começou a pular sobre o pinhão, mas consegui chegar até Marília.
Dia 05/02/08 - 10:00h saímos de Marília em São Paulo eufóricos para chegar em casa e matar as saudades dos amigos e familiares. Às 19:00h chegamos em Joinville, de onde saímos no dia 22/12/2007 e rodamos no total 17.400 km.

41º Dia de viajem 31/01/08

Coxim -> Maringá
Retas, plantações de soja e muitos caminhões na estrada, é a imagem que fica do Mato Grosso do Sul. Os quilômetros passam rápidos e lá pelas 4:00h estamos em Presidente Prudente – SP, 600 km depois, tomando a direção do Paraná.
Em Maringá, o Otto, Holanda e Cassiana já nos esperavam. A noite, eles patrocinaram uma rodada de pizza, enquanto relatávamos alguns “causos”, ocorridos na viagem. Já dava para começar a sentir o gostinho de chegar em casa.

Wilson e Valdeci


Descendo o rio no Clivia, ainda como morcegos numa caverna, passamos em Prainha Gurupa e Breves. Os ribeirinhos quando ouvem o barco, pegam suas canoas e vêm em direção ao barco para pedir dinheiro, que os turistas eventualmente jogam, em garrafas vazias com suas doações e jogadas ao rio, outros se aventuram em jogar uma corda e pegar carona no barco dentro de suas canoas, para vender as frutas da região.

40º Dia de viajem 30/01/08




Cáceres -> Coxim
O dia amanheceu sem chuva, mas nublado. O objetivo era entrar em Cuiabá e depois seguir pela Chapada dos Guimarães. Só que os morros cobertos de nuvens nos desanimaram, não iríamos ver muita coisa. Então mudamos o roteiro e fomos para Poconé, percorrer alguns quilômetros da Transpantaneira. Valeu a pena, com o Pantanal cheio, em poucas horas vimos mais bichos do que toda a travessia da Amazônia. Era jacaré, capivara, tuiuiú, arara, paca, entre outros aos montes e muito próximos.
Em Poconé consegui uma emenda reserva. Depois de Cuiabá, os caminhões se multiplicaram, praticamente não existe espaço para todos eles na estrada. Tanto que uma simples operção tapa-buraco, gera uam fila de 4 km.
A noite chega e continuamos rodando, até a dita cuja emenda arrebentar, bem sobre a ponte entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Arrebentou, mas continuou ligada por um lado. Com as luzes da cidade de Sonora aparecendo, continuo pelo acostamento, em primeira marcha, até chegar num posto de gasolina e efetuar a troca. Foi preciso esmerilhar a corrente, para encaixar a emenda nova, que era para uma corrente sem retentor, mas ficou bom! Ainda tocamos até Coxim, onde pernoitamos.
Wilson e Valcedi
Ainda navegando com o traficante e o delegado a bordo, chegamos a Santarém, onde ambos desceram, mas em contrapartida, subiram no barco muitas pessoas que acabaram tirando o sossego dos nossos sonos à noite, devido o excesso de redes. Já a tarde, chegamos em Monte Alegre, uma cidadezinha a beira do rio Amazonas, muito bonita por sinal.

39º Dia de viajem 29/01/08

Ji-Paraná -> Cáceres
Queríamos tocar até Cuiabá, distante 1.080 km, para isso colocamos o pé na estrada ainda noite. Quando o dia começou a amanhecer já havíamos rodado 70 km. Tudo ia conforme o planejado, até que lá pelas 8:00h começou a chover forte. Tudo bem, havia pouco tráfego de caminhões e o asfalto era bom, dava para manter o ritmo.
Só que aí, a emenda da corrente da Ténéré resolveu arrebentar novamente. Não mais do que 15 minutos e estávamos rodando de novo, por mais 50 km talvez, quando escuto aquele “plec”, outra vez! Já estava ficando chato e eu só tinha mais uma emenda. Coloquei e continuamos.
Em Pontes e Lacerda entro na cidade para comprar uma emenda. Tempo perdido, ninguém tinha. Acabamos pernoitando em Cáceres, 200 km antes de Cuiabá. Sem os contratempos teríamos conseguido.

Wilson e Valdeci

Ainda dentro do barco navegando pelo rio Amazonas, paramos em Parintins, onde desceram várias pessoas para aproveitarem o carnaval local. A comida dentro do barco é muito boa e nós estamos conseguindo durmir razoavelmente bem. Lá pelas 23:00h chegamos em Óbidos, onde tem um posto da Polícia e Receita Federal, que descobriu um traficante de drogas em nosso barco, levando a droga no miolo de uma corda para redes, com mais ou menos 12kg de cocaína. Foi preso e junto com um delegado da Polícia Federal, usaram um camarote para levá-lo até Santarém.

38º Dia de viajem 28/01/08



Humaitá -> Ji-Paraná
Antes de sair, destrocamos os pneus, recolocamos os originais. O Heino tinha que comprar um traseiro, aquele que estava quase chegou na lona. O único que havia era para XL-125 e foi com esse mesmo que a Lander seguiu viagem.
Nos primeiros 60 km, tinha tanta lama, que quase voltamos para destrocar os pneus, mas aí encontramos asfalto novo até Porto Velho, onde cruzamos o Rio Madeira de balsa. A chuva também ficou por ali e conseguimos tocar, por estrada boa, até Ji-Paraná.
Wilson e Valdeci
Por volta das 11:00h, saímos do hotel e fomos em direção ao porto, para embarcar no navio de nome CLIVIA, sem antes comprar as redes, pois a nossa viagem era de primeira classe. O barco partiu às 17:00h e o Wilsom comentava que nos iriamos durmir que nem morcegos.

37º Dia de viajem 27/01/08











Sítio Quebrou a Corda -> Humaitá
Tinha até café da manhã. Nenhum hotel da Venezuela tinha, quer mais o que?! Mas não podíamos perder tempo, até Humaitá são mais de 400 km e as condições da BR eram uma incógnita. Passagem havia, porque a noite, enquanto jantávamos, passaram três Trollers, vindos de lá.
Nos despedimos, agradecendo a hospitalidade. Se alguém um dia ficar na cabana, o melhor jeito de agradecer é deixando uns litros de gasolina para a CG-125 dele, estava parada por falta de combustível.
De volta a estrada e as inúmeras pontes de madeira. No começo pegamos alguns trechos de asfalto, remanescentes da antiga BR-319, que a floresta ainda não conseguiu engolir. Só não engoliu porque o pessoal da Embratel, passa toda semana, de Toyota, para dar manutenção nas antenas. Existe uma a cada 40 km, mais ou menos.
Quando não tem asfalto, é atoleiro. São buracos cheios de água, a profundidade é sempre uma surpresa, desde um palmo até cobrir metade da moto.
Consegui levar mais dois tombos, escorregando de dianteira, sem prejuízos.
As pontes também pioraram, era preciso cuidar para não cair no rio pelo meio delas. O pessoal dos Trollers arriscou bastante, passando por algumas bem podres.
Do Km 400, até o 550, mais ou menos, a terra virou uma argila que grudava na moto, era preciso parar e tirar os blocos de barro do pedal de câmbio e freio, que sumiam.
Nos piores trechos conseguimos uma média de 20 km/h. Isso foi até próximo do posto de gasolina abandonado. Dali melhorou um pouco, 30 km/h. Quando chegamos nas primeiras fazendas, colocamos o resto da gasolina, de um total de 20 litros a mais, que levamos para cada moto. A Lander ainda cedeu 3,0 litros para a Ténéré.
A estrada, apesar de ser de areia, ficou muito boa, andamos entre 100 e 120 km/h, foi nesse momento que encontramos um pessoal de pick-up, uma Hilux preparada para rali, seguindo para Manaus.
Eles eram de Boa Vista – RR e estavam voltando do rali Cerapió, no Ceara. Queriam saber se a ponte que eles haviam macaqueado, na ida, ainda estava no lugar. Falamos que sim, pois os Trollers conseguiram passar.
Quando o cara acha que faz uma loucura, aparece um mais louco! Eles saíram de Boa Vista, passaram por aqui, fizeram o rali e estavam voltando novamente por aqui, tocando direto a noite, para pegar a balsa, amanhã de tarde. É mole? E foram!
Nós chegamos em Humaitá junto com a noite, cobertos de lama e fedidos. E a Ténéré ficou sem gasolina dentro do posto. Isso que é calcular a quantidade certa necessária! Difícil foi entrar no hotel, sem deixar um rastro de lama.

Wilson e Valdeci

Às 10:00h, saímos do hotel para negociar o nosso transporte e das motos até Belém, ao custo de R$150,00 por pessoa e R$250,00 por moto. Lá por 15:00h levamos as motos pro barco, e na volta pro hotel visitamos o teatro Amazonas, que se encontrava fechado devido o carnaval junto ao teatro, fotografamos somente a parte externa.

36º Dia de viajem 26/01/08









Manaus -> Sítio Quebrou a Corda
Tomamos um café da manhã reforçado no hotel e nos despedimos do Wilson e do Valdeci. Agora só iremos nos encontrar novamente em Joinville. Teoricamente o nosso caminho é mais longo e difícil, mas é mais rápido e divertido. Na chegada saberemos.
A idéia era pegar a balsa das 7:00h, para Careiro da Várzea, mas nos atrasamos. A próxima saiu às 9:00h. Partimos do Distrito Industrial, ainda nas margens do Rio Negro, meia hora depois encontramos o Rio Solimões e suas águas amarelas. Os dois rios formam o Amazonas, mas as suas águas seguem separadas por quilômetros, até começarem a se misturar.
Até Castanho, 110 km, a estrada está asfaltada, cheia de buracos, mas dá pra rodar tranqüilo. Ali abastecemos pela última vez e o rapaz do posto nos deu uma sugestão. Mais ou menos no Km 300, tem o Sítio do “Negão”, ele já deu a volta no Brasil de bicicleta e mora sozinho na floresta, sempre ajudando as pessoas que cruzam a BR-319.
Pode parar lá, que ele vai convidá-los para pernoitar na cabana!
Com certeza vamos procurá-lo!
Na saída da cidade, outra balsa. Era tão pequena que quase afundou com as duas motos em cima. Do outro lado, 30 km de asfalto novo e só, começou o barro, pra ajudar com um pouco de chuva. Rigon só precisou de 50 km, para comprovar que a idéia de economizar a troca do pneu dianteiro, por um cross, não foi boa. Caíu e ficou preso em baixo da moto. O Heino voltou e teve que aliviar o peso para Rigon conseguir tirar a perna.
Os primeiros quilômetros foram as mais difíceis para segurar a Ténéré, porque a estrada estava muito reta e lisa, devido a terraplanagem que havia sido feito para receber o asfalto, quem sabe, um dia!
Quando chegamos na parte abandonada, com atoleiros profundos, ficou mais fácil, era só jogar a moto dentro da vala, deixada por algum caminhão e acelerar.
Passamos mais duas balsas, desta vez passando uma moto de cada vez.
As pontes de madeira na sua maioria, até que estão boas, muitas foram refeitas. O perigo é escorregar, já que elas são estreitas, sem proteção e os pneus sempre estão cobertos de lama.
Mais ou menos no Km 285 encontramos uma moto parada na estrada. Era o Esmael, vizinho do Negão, vizinho ali significa uns 4 ou 5 km do lado. Ele nos informou corretamente onde ficava o sítio, uns 5 km a frente. Lá estava ele, Homero Rocha, o “Negão”, que já veio correndo nos receber. Depois das apresentações, entramos para conhecer a cabana de chão batido.
Aqui estão as redes, vocês podem dormir aí. Ali é a cozinha, tô fazendo um Mutun com arroz pra nós.
Excelente, achávamos que ia ser uma noite longa na barraca, no fim, ficamos proseando até tarde, de barriga cheia.



Wilson e Valdeci


Às 9:00h saímos do hotel em Manaus, e fomos a um passeio de barco, no rio Negro e Solimões ao encontro das águas. Em seguida trocamos o barco por canoas, com mais ou menos dez pessoas para ver os igarapés e uma lagoa onde existem as Vitória-Régias. A seguir, visitamos uma feira e os nativos, com seus animais de estimação, onde pudemos pegá-los (bicho-preguiça, papagaio, sucuri e filhote de jacaré). Por último, foi o almoço, que por sinal foi um banquete num restaurante flutuante chamado de VALDECY e após, a conseqüente volta para o hotel.

35º Dia de Viajem 25/01/08







Manaus
A idéia era preparar as coisas, para encarar a BR-319 no dia seguinte e fazer turismo. Mas o dia acabou e só conseguimos concluir a primeira parte. Achar pneu cross, só depois de visitar 5 lojas, de motos e peças. Quando o mecânico foi trocar os pneus, deixamos as motos e fomos almoçar.
Depois fomos comprar bombonas, para levar gasolina extra, facão, etc. Ainda despachamos parte da bagagem, que não seria mais necessária. Mais uma vez agradecemos a ajuda da Expresso Araçatuba, que se disponibilizou a levar a nossa caixa.
Enquanto corríamos, de um lado para o outro da cidade, tivemos uma amostra das chuvas torrenciais da Amazônia. Ao que tudo indica, é o que vamos enfrentar na BR-319.
O Wilson e o Valdeci tiveram um dia mais tranqüilo, já que eles só vão pegar o barco na segunda-feira para Belém. Estavam mais preocupados em achar bom passeio turístico para sábado e domingo.

34º Dia de viajem 24/01/08





Boa Vista -> Manaus
Com a missão de cumprir os 780 km de estrada, até Manaus, antes de escurecer, não perdemos tempo e saímos com o sol apontando no horizonte. O asfalto ruim era outro desafio, muitos buracos. Em certos lugares ele simplesmente desaparece.
Passamos a ponte sobre o Rio Branco, em Caracaraí, e novamente encontramos o marco da linha do Equador. Bem diferente do Equador, ele está abandonado, pixado e com o mato tomando conta. Ainda em Roraima entramos na reserva indígena Waimiri-Atroari, onde o tráfego é liberado apenas entre 6:00 e 18:00h. Todo o percurso de 130 km, é feito através da mata, por sinal, o local onde encontramos ela é mais preservada.
Segundo as placas, não é permitido parar e fotografar os índios. Só vimos uns 4 indivíduos andando pela rodovia mesmo. Parar fomos obrigados, começou a chover bem no meio da reserva. Ainda assim, no final da tarde, havíamos cumprido o nosso objetivo. Estávamos na Ponta Negra, tomando uma cerveja no bar do Laranjinha.
Lá encontramos com o Renato, amigo do Heino, que mais tarde nos levou até um hotel no centro.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

33º dia de viajem 23/01/08






S. H. Uairen -> Boa Vista
Até dormimos um pouco mais, afinal a aduana só abriria às 8:00h. Quando levantamos, o pessoal de Rondônia já estava ajeitando a bagagem nas motos. Ainda conversamos um pouco e cada um seguiu numa direção, eles para Gran Sabana e nós até aduana, enfrentar mais uma fila, desta vez de brasileiros, querendo curtir as férias nas praias da Venezuela.
A paisagem do lado brasileiro é muito parecida com a Savana venezuelana, só o asfalto que é muito diferente, puro remendo. Mas a comida é muito melhor, isso não se discute. Duro mesmo foi a primeira abastecida do lado brasileiro, R$ 42,00, R$ 2,85/l. Com esse valor, daria pra comprar mais de 4.000 litros de gasolina, do lado de lá. É, acabou a alegria de pagar o posto com moedinhas!
Em Boa Vista visitamos a Motoka, concessionária Yamaha, onde fomos muito bem atendidos. Vai aí o nosso agradecimento a todos na loja, que não mediram esforços para resolver todos os nossos problemas, numa tarde de quarta-feira. As XT's foram revisadas e a Ténéré teve o motor aberto, para resolver o problema de vazamento no cabeçote. Eram duas roscas espanadas no cilindro, que foram refeitas. Mérito do mecânico, Márcio, que ficou até 9:00h da noite, para entregar a moto funcionando e pronta para seguir viagem no dia seguinte.
Quem estiver viajando pela região, pode contar com eles!

32º dia de viajem 22/01/08










Ciudad Guayana - Santa Helena de Uairén
Nos últimos 4 dias, um vazamento de óleo na junta do cabeçote da Ténéré, aumentou bastante e já é possível ver uma fuga da compressão do pistão. Rigon mantém um ritmo mais lento, principalmente nas subidas, na tentativa de chegar até Manaus
A gasolina na Venezuela é muito barata, mas os postos são poucos e ainda fecham para almoço, no interior. Deve ser um péssimo negócio vender gasolina aqui. Cliente é que não falta, mas com o preço tabelado em R$ 0,04, não deve dar lucro nenhum. Em San Isidro perdemos quase 1:00h esperando na fila até o posto abrir.
A Gran Sabana, já perto da fronteira com o Brasil, foi uma das paisagens marcantes da viagem. Lembra os campos gerais do Paraná, só que coqueiros no lugar de pinheiros e muito mais extensa, incluindo aí o platô do Monte Roraima.
Chegamos na fronteira ás 6:00h em ponto, com o agente aduaneiro fechando a porta e nem um pouco preocupado conosco, virou as costas e foi embora. Não adiantou argumentar, tivemos que voltar 15 km, até Santa Helena e dormir mais uma noite na Venezuela. A sorte foi que encontramos um pessoal de Rondônia, em duas XT 660 e uma Falcon, que estavam fazendo o caminho inverso do nosso. Pegamos o mesmo hotel e ficamos conversando até tarde.




31º dia de viajem 21/01/08




Barcelona - Ciudad Guayana
A princípio iríamos pegar a autopista para o sul, em direção ao Brasil, mas estávamos meio decepcionados com as praias do mar do Caribe e resolvemos continuar pelo litoral por mais alguns quilômetros, até Cumana, na tentativa de encontrar aquelas praias de cartão postal e não sair com uma má impressão do litoral caribenho.
As praias encontramos, depois de passar pelo engarrafamento de Barcelona e Puerto La Cruz, dignas de um cartão postal, desde que o lixo na areia não apareça na foto. São várias, com água cristalina e calma, entre Puerto La Cruz e Cumana. Destas cidades saem os barcos e balsas para Ilha de Margarita e suas várias praias, um dos lugares mais visitados na Venezuela, principalmente pelos brasileiros de Manaus e Boa Vista, afinal é a praia mais próxima deles.
Cumana marcou o início da volta para casa, quando apontamos para o interior do continente, na direção sul. Mas quase que a Ténéré fica por ali. A mangueira de gasolina soltou do tanque e lavou o motor e o escape quente. Até Rigon conseguir fechar as duas torneiras, o vapor já subia alto, faltou pouco para incendiar.
Depois do susto, uma chuva para esfriar a cabeça até Ciudad Guayana, as margens do Rio Urinoco, onde ainda é preciso cruzá-lo com balsa.

30º dia de viajem 20/01/08




Guanare - Barcelona
De volta a autopista, o ritmo é constante, entre 110 e 120 km/h, na direção da capital Caracas. Só paramos para abastecer ou beber e comer alguma coisa. Várias pessoas nos alertaram sobre a dificuldade de cruzar a região metropolitana de Caracas, devido os constantes engarrafamentos. Acabamos optando por desviar a cidade, passando por dentro de uma reserva florestal, uma estrada asfaltada, sem trânsito e muito bonita, foram mais de 80 km nas sombras das árvores. Voltamos a rodovia principal já 100 km a frente de Caracas, em Caucagua. Mais 150 km e avistamos o mar novamente. Pernoitamos num balneário, um pouco antes de Barcelona.